Esta noite mal consegui dormir, estava excitada. Mais um ano, mais um amigo, mais uma festa, mais uma data de presentes inúteis... Não conseguia dormir e enquanto dava voltas na cama à procura dos carneiros, pensei que isto de escrever um diário era um bocado estranho, afinal vou contar coisas a quem? Talvez seja melhor dar um nome ao diário, como se tivesse um amigo íntimo, um confidente! Assim, em vez de dizer: Querido diário, hoje aconteceu-me isto ou aquilo, digo: João, Luís, Francisco... Ficou decidido então que daria um nome ao diário e que lhe traçaria também um retrato.
Querido Francisco, hoje fiz anos (gramaticalmente, esta frase não parece muito correcta. Hoje é presente e fiz é passado, mas, repara, a verdade é que nasci às 8 horas e 30 minutos, logo de manhãzinha, portanto já é passado. Mas isso não me preocupa muito, porque, na verdade, para mim, eu só faço anos no momento em que me cantam os parabéns, logo como isso aconteceu às cinco horas da tarde, foi nessa altura que fiz anos e como agora já são quase 11 horas, já fiz anos, embora tenha sido hoje). Parece que te confundi, Francisco!
Logo de manhã comecei a receber mensagens. A professora de Português deixou que me cantassem os parabéns. Mas o melhor estava ainda para vir: a festa e os presentes.
E a festa correu bem, a mãe e a avó prepararam um lanche e eu pude convidar os meus amigos e amigas. Os presentes foram livros, vídeos, roupa... e um jogo de matraquilhos. A minha avó, para variar, ofereceu-me mais um conjunto de toalhas para o enxoval! Já lhe disse uma vez que não queria esse tipo de presentes, mas ela diz que um dia vou agradecer e gostar das rendas e bordados que ela faz e me oferece... Agora, aceito, contrariada, é claro, mas sorrio e dou-lhe um beijo com um: ó avó, que lindo!
Francisco, isto de te ter dado o nome de um rapaz, parece não ter sido boa ideia, porque hoje, quando fomos todas para o meu quarto falámos de coisas que eu nunca contaria a um rapaz! Mas, enfim, tu és um amigo virtual, não vais comentar nem contar a ninguém os meus segredos. A Joana perguntou-me se me lembrava do pior presente de anos da minha vida. Não foi preciso pensar muito! O pior presente que recebi foi o período ou a menstruação no dia em que fiz 13 anos. Fartei-me de chorar e a minha irmã fartou-se de gozar comigo e atirou-me um "espero que não chores um dia por não o teres!" Achei que ela estava parva, quem é que chora por não ter uma chatice daquelas?
Os rapazes começaram a bater à porta do quarto e nós decidimos saltar pela janela e fugir para o jardim. O pai viu e pregou-nos um valente raspanete, que éramos piores que os rapazes. Umas doidivanas, disse a Margarida a rir. Mas o pai não achou graça.
A festa terminou perto da meia-noite. Amanhã, temos aulas!
Querido Francisco, hoje fiz anos (gramaticalmente, esta frase não parece muito correcta. Hoje é presente e fiz é passado, mas, repara, a verdade é que nasci às 8 horas e 30 minutos, logo de manhãzinha, portanto já é passado. Mas isso não me preocupa muito, porque, na verdade, para mim, eu só faço anos no momento em que me cantam os parabéns, logo como isso aconteceu às cinco horas da tarde, foi nessa altura que fiz anos e como agora já são quase 11 horas, já fiz anos, embora tenha sido hoje). Parece que te confundi, Francisco!
Logo de manhã comecei a receber mensagens. A professora de Português deixou que me cantassem os parabéns. Mas o melhor estava ainda para vir: a festa e os presentes.
E a festa correu bem, a mãe e a avó prepararam um lanche e eu pude convidar os meus amigos e amigas. Os presentes foram livros, vídeos, roupa... e um jogo de matraquilhos. A minha avó, para variar, ofereceu-me mais um conjunto de toalhas para o enxoval! Já lhe disse uma vez que não queria esse tipo de presentes, mas ela diz que um dia vou agradecer e gostar das rendas e bordados que ela faz e me oferece... Agora, aceito, contrariada, é claro, mas sorrio e dou-lhe um beijo com um: ó avó, que lindo!
Francisco, isto de te ter dado o nome de um rapaz, parece não ter sido boa ideia, porque hoje, quando fomos todas para o meu quarto falámos de coisas que eu nunca contaria a um rapaz! Mas, enfim, tu és um amigo virtual, não vais comentar nem contar a ninguém os meus segredos. A Joana perguntou-me se me lembrava do pior presente de anos da minha vida. Não foi preciso pensar muito! O pior presente que recebi foi o período ou a menstruação no dia em que fiz 13 anos. Fartei-me de chorar e a minha irmã fartou-se de gozar comigo e atirou-me um "espero que não chores um dia por não o teres!" Achei que ela estava parva, quem é que chora por não ter uma chatice daquelas?
Os rapazes começaram a bater à porta do quarto e nós decidimos saltar pela janela e fugir para o jardim. O pai viu e pregou-nos um valente raspanete, que éramos piores que os rapazes. Umas doidivanas, disse a Margarida a rir. Mas o pai não achou graça.
A festa terminou perto da meia-noite. Amanhã, temos aulas!
Olá.
ResponderEliminarInteressante a idéia de dar um nome ao diário e conversar como se fosse alguem real. Nunca tinha visto por este lado. na época em que escrevia diário, a té hoje quando resolvo fingir que tenho um, escrevo como se fosse pra ninguém ler, uma monte de palavras jogadas sem a menor lógica.
Mas você desistiu do Francisco?
Em fim, gostei de seu blog e dos outros todos também. Estarei em todos eles. beijos