Que
confusão estava o quarto da Francisca, a salinha dela, o quarto de vestir, a
casa de banho! Eram vestidos, saiotes, xailes, perucas, meias, sapatos, véus,
máscaras... Um amontoado de roupa imenso e acessórios e estojos de
maquilhagem... A barafunda era tal que achámos melhor dividirmo-nos pelos
outros quartos: o meu e o dos brinquedos. Separámos as coisas, repartimo-las pelos quartos e fomos jantar apressadamente.
Estávamos todas muito excitadas!
Depois,
já mais descontraídas, vestimo-nos, mas sempre sob a supervisão da minha irmã.
Os
vestidos eram lindíssimos, vermelhos com rendas pretas, justinhos ao corpo,
abrindo depois em flor, num espalhafato de folhos até ao chão, arrastando um
pouco atrás. As mangas eram também justas e folhosas. Parecia um desfile de
flores viradas ao contrário! De repente, a Sónia exclamou:
- - Francisca,
os olhos...
Ficámos a olhar para
ela, espantadas. A aflição estampada no
seu rosto fez-nos soltar uma sonora gargalhada.
- Os olhos vêem-se, meninas, e vão denunciar-nos... –
insistia ela.
- Pois, não era para sermos todas iguais? – perguntava
a Marta, concordando com a Sónia.
A minha irmã ria-se,
encostada à porta do quarto.
-Também não é preciso exagerarem: Somos três com olhos verdes, não é preciso
mais. E, depois a confusão, a pouca iluminação... Vai tudo correr bem, vão ver!
Vai ser uma noite de estalo, para não esquecermos tão cedo... – rematou.
Todas
vestidas, todas maquilhadas, penteadas a rigor... sapateávamos divertidas,
rodopiando, esticando o peito para a frente e a cabeça para trás e um pouco de lado, batendo
castanholas e soltando “olés”... E, claro, rindo a bandeiras despregadas.
Descemos
as escadas, num alarido tal, que os meus pais vieram ver-nos:
- Mas que bela colecção de sevilhanas! – exclamou o
meu pai.
- Olhem, lembrei-me de uma coisa engraçada – disse a
Cláudia - vamos dizer a quem nos perguntar que nos chamamos... chamamos... Francisca. Não era
giro!
A
minha irmã adorou a ideia.
Metemo-nos
nos carros e os meus pais a rirem e a acenarem e a dizerem para termos juízo e
Rita não te afastes da tua irmã, das tuas colegas e tenham cuidado e divirtam-se
e vejam lá em que se metem e nada de beberem coisas que vos ofereçam e... e...
e... E lá fomos todas a cantar e a bater castanholas.
Claro,
que estávamos muito giras, parecíamos todas irmãs, Francisco. Nem sabes como
foi, quando irrompemos pelo salão de baile... Tu não estás mesmo a ver, o que
foi entrar uma quantidade de sevilhanas, todas iguais, mas iguaizinhas mesmo!
Ficou tudo a olhar!
Ah, Francisco, a minha irmã antes de sairmos de casa, dividiu-nos em dois grupos... Não estás a perceber? Depois conto-te. Vou dormir. Tenho sono. Não, conto-te amanhã... Estou cansada. Pois, estás curioso, eu sei!...
Olá amiga...sei que tem um certo tempinho
ResponderEliminarque não apareço aqui no seu cantinho mas
sempre me lembro de você!
Você é muito especial.
Hoje consegui um tempinho e deixo aqui
meu beijo carinhoso para você e ver as
novidades que anda fazendo aqui no seu blog.
Aproveite para ver minhas novas peças
do meu blog: Qualidade e Preço Bom!
Um grande beijo, da amiga, Thaís
thaisecoisas.blogspot.com.br
selosetrocas.blogspot.com.br
Fico à espera do baile propriamente dito e da "marosca" que vai acontecer...
ResponderEliminarUm beijo, querida amiga Rita.
Fico à espera que contes o que aconteceu no baile.
ResponderEliminarEstou a gostar de te acompanhar nestes episódios.
Rita, minha querida amiga, tem um bom resto de domingo e uma boa semana.
Beijos.